"O sentido da vida e a busca da felicidade"- capítulo 1
por Vladimir Rocha
Que dia lindo! Adoro dias de final de semana com muito sol, ideal pra dar uma volta.
Discman na mão e sem camisa dirijo-me a pé ao ibirapuera. Sozinho. Vejo as pessoas. Os detalhes das casas. As placas. Tudo.
Faróis que demoram a abrir e o cheiro de cozinha engordurada do buteco.
E sigo andando. Sozinho. Então penso:
O que estou fazendo aqui??
Na hora quero apenas seguir meu caminho, fazendo exercício e espairecendo um pouco a cabeça. Nada de pensar em trabalho.
Apenas tentando entender o que eu faço aqui. Sozinho.
Então lembro das pessoas que eu conheço e às vezes não dou a devida atenção que merecem. Pessoas que realmente gostam de mim e me querem muito bem. Dá aquela vontade de abraçar o mundo. Um misto de felicidade extrema com melancolia por estar ali sozinho observando e admirando muitas coisas enquanto poderia estar na companhia de pessoas maravilhosas. Mas sigo andando. Pessoas passando (olhando minha tatoo do pernalonga, claro!) e cada uma em sua singularidade com seus desejos, objetivos, problemas e vontades. E eu lá.
Então penso na felicidade. E olha que às vezes chego a pensar que sou infeliz!!! Oras bolas, mas que coisa horrível isso. Será que sempre temos de pensar pelo lado negativo se temos tantas coisas boas em nossas vidas? Será mesmo que nossas provações não são apenas para crescermos e termos mais força para cada vez mais acumularmos conquistas que nos levem mais e mais a nossa satisfação pessoal?
Será que sempre estamos querendo mais?? E por que isso??
A gente nunca vai perceber que existem pessoas que aparecem em nossas vidas para mudá-la pra melhor? Será que eu dou o valor justo q estas pessoas merecem? Será que não perdemos tempo demais com futilidades que só nos levam a coisas que podem parecer boas mas que na verdade não são?? É difícil entender quando uma pessoa tem a real capacidade de amar? Bom, eu acho que isso na verdade todos nós temos, mas muitos simplesmente têm medo. E ter medo de amar é ter medo de viver. É impressionante a capacidade que eu tenho de me entregar às cegas... mas ainda tenho muito medo. Mas o medo é superado quando eu deixo a minha “razão emocional” me explicar que a gente não pode mudar. Não podemos jogar e viver fingindo. Eu sempre vou ser assim, custe o que custar.
Digo custe o que custar, mas ser você mesmo sempre é algo que não tem preço. Mesmo sendo uma metamorfose ambulante.
Este post está entre as top 5 coisas mais farofas que eu já escrevi na vida, mas me deu uma vontade enorme de transformar em texto algumas coisas que passaram pela minha cabeça neste final de semana.
Apesar de não ter ido ao Ibirapuera neste final de semana (Afinal sábado só choveu e domingo é mais complicado de eu ir) serviu pra ilustrar um pouco o que eu queria passar.
E viva a felicidade, apesar da melancolia que tomou conta de mim no dia de hoje. Mas logo passa!!
O capítulo 2 eu escrevo qualquer dia dessa vida.